Artista autodidata de Sobral se destaca na pintura
"Paulo Maravilha" é conhecido na cidade de Sobral como um artista, que fabrica belos quadros e painéis
Sobral. Entrar na casa do artista plástico sobralense Vicente de Paulo da Silva, "Paulo Maravilha", como gosta de ser chamado, é desfrutar das belas artes feitas em quadros e painéis pintados na parede que decoram a sala de visita de sua residência, ao lado do prédio onde abriga os transmissores da Rádio Tupinambá, neste Município.
Os temas são bastantes variados, inspiração que o artista garante, vai buscar nas passagens bíblicas. "Quando leio a Bíblia vem na mente o que devo reproduzir", diz Paulo Maravilha. Como pintor autodidata, ele descobriu seu talento aos 9 anos, quando era aluno da 5ª série do Colégio São Francisco de Assis. Infância que, para ele, foi bastante sofrida por ser filho de uma família pobre.
Estudos
"Procurei me dedicar aos estudos, mas não consegui me formar. Acabei abandonando os estudos antes de completar o Ensino Médio", conta Paulo Maravilha, que hoje se tornou o maior incentivador da única filha nos estudos, Carmelinda, que a exemplo do pai, também tem dons artísticos. Um dos primeiros trabalhos que tem recordação foi de uma imagem de São Francisco de Assis, reproduzida no altar de uma pequena capela, em um bairro de Sobral. "Fiz com tanta dedicação que até me recordo desse trabalho que foi a porta da minha dedicação pela arte", descreve Paulo.
"Eu sempre gostei de desenhar. A pintura surgiu um pouco mais tarde, aos 12 anos", conta. Apesar de nunca ter feito um curso de aperfeiçoamento, seus trabalhos têm característica primitivista, com a presença marcante do azul, vermelho, amarelo, juntamente com vibração das cores secundárias.
No entanto, esse autodidata tem outra profissão, operador de transmissor de rádio, onde exerce a atividade na Rádio Tupinambá. Emprego que ele conseguiu por meio do pai, muito amigo do padre Palhano de Sabóia, diretor e fundador da emissora.
"Como acordo cedo para trabalhar, aproveito também para me dedicar um pouco mais à arte, pois esse é o melhor horário, uma vez que a mente está fresquinha", descreve Paulo.
Como uma grande parcela dos artistas, também se sente desvalorizado. "Em Sobral, como em qualquer parte do País, as pessoas não costumam valorizar a pintura. Já morei em Fortaleza, e lá também somos pouco valorizados". Ele cita que um trabalho final custa em média R$ 100,00, mas quando alguém se interessa em adquira-la, não quer pagar mais do que R$ 30,00. "Prefiro mantê-las decorando a minha sala. Vendi, recentemente, uma coleção completa para um pastor evangélico, que acabou levando meus trabalhos para a cidade de São Paulo", disse Paulo Maravilha, acrescentando que algumas escolas da cidade também exibem trabalhos feitos por ele.
Reveladores
À primeira vista, as telas e os painéis pintados por Paulo Maravilha revelam traço simples, de artista sem formação especializada. Contudo, a riqueza de detalhes de suas obras, a sensibilidade na escolha das cores, a expressão dos personagens, o jogo de sombra, os planos de cada cena, revelam a pureza e a simplicidade que existe na alma do artista autodidata. Em sua originalidade, ele revela o segredo da sensibilidade de sua pintura e do seu estilo de arte. Os estudos mostram que a pintura no Brasil surgiu em 1556.
MAIS INFORMAÇÕES
Pinturas em telas e painéis Artista plástico -Vicente de Paulo da Silva/ BR 222, Km 220, Sobral Telefone: (88) 9256.3340
Como vender um filme e ter lucro
19/04/2011 17h09 - Sérgio Rizzo, colunista do Yahoo! Cinema
Durante um mês, o cineasta Morgan Spurlock se alimentou exclusivamente em uma cadeia de lanchonetes. Depois, precisou de mais de um ano para perder os 11 quilos que ganhou com a experiência. Apesar disso, valeu a pena: “Super Size Me” (2004), o documentário que acompanha seus 30 dias de hambúrgueres, batatas fritas e refrigerantes, circulou por dezenas de países, foi indicado ao Oscar e fez de Spurlock uma estrela do ativismo anti-”junk food”.
Agora, aos 40 anos, ele está de volta com outro longa-metragem que promete fazer barulho.“The Greatest Movie Ever Sold” (literalmente, “o maior filme já vendido”) foi exibido em janeiro no Sundance Festival e entrará em cartaz na próxima sexta-feira, dia 22, nos Estados Unidos (com circuito inicialmente restrito a Nova York e Los Angeles). Ainda não tem lançamento previsto no Brasil, o que dependerá da bilheteria e do espaço na mídia que obtiver por lá.
Em relação ao segundo tópico, a máquina já começou a girar. O diário “The New York Times”, por exemplo, publicou na semana passada um extenso artigo sobre a estratégia insólita de Spurlock para viabilizar o filme, orçado em US$ 1,5 milhão (clique aqui para ler o texto). Disposto a fazer um documentário sobre as engrenagens da publicidade, o cineasta resolveu oferecer cotas a empresas que teriam suas marcas expostas na tela e na campanha de lançamento.
Spurlock ouviu muitos “não”, foi ridicularizado por alguns, mas riu por último. Além de convencer 23 empresas a entrar na operação, registrou muitas reuniões — que terminaram em “não” e em “sim” — e as incorporou ao filme. No fundo, é disso que “The Greatest Movie Ever Sold” trata, a exemplo de “Super Size Me”: para demonstrar um ponto (aqui, o poder aliciante da publicidade), optou-se por construir o próprio documentário em torno do assunto.
Engordar o orçamento por meio da exposição de marcas (“merchandising”) é prática antiga que remonta aos primórdios do cinema, ainda no século 19. Na ficção, tornou-se corriqueira. Spurlock menciona em seu filme (clique aqui para ver o trailer e aqui para visitar o site oficial) que “Homem de Ferro 2″ (2010), por exemplo, promove 64 marcas em pouco mais de duas horas — média aproximada de uma exposição de marca a cada dois minutos de trama.
Alguns casos são curiosos. Os produtores de “Náufrago” (2000) garantem que não receberam um centavo da companhia de entregas expressas para a qual trabalha o zeloso personagem de Tom Hanks. No cinema brasileiro, em que boa parte dos filmes é realizada com a participação da iniciativa privada por meio de renúncia fiscal, há episódios constrangedores de marcas pulando na tela (ou sendo verbalizadas pelos personagens).
Na TV, o fenômeno é ainda mais agressivo. Mas, já habituadas a ele, muitas pessoas não se dariam mais conta do que ocorre. Para falar sobre isso, Spurlock não se limita a abrir a caixa preta do próprio filme. Como faria um documentário convencional, faz entrevistas com o linguista e filósofo Noam Chomsky e o advogado e ex-candidato presidencial Ralph Nader. Para promover o lançamento, o cineasta viaja pelos EUA com um terno semelhante ao macacão de pilotos de automobilismo, com as 23 marcas dos patrocinadores.
Nas entrevistas à imprensa, Spurlock tem sido cínico ao lembrar que, graças à participação dessas empresas, “The Greatest Movie Ever Sold” começará a dar lucro a partir do primeiro ingresso vendido nas bilheterias. E, se nenhum espectador aparecer, mesmo assim o filme estará pago. Se souber que situação parecida se aplica a dezenas de filmes (atenção: não a todos, longe disso) produzidos anualmente no Brasil, perceberá que não foi tão original.
Museu Madi não tem data para reabrir acervo
Até hoje, a Prefeitura Com obras avaliadas em R$ 711 mil, peças do Museu Madi ainda não têm prazo para voltarem à exposição pública
Sobral. Há praticamente dois anos, todo acervo do Museu de Arte Contemporânea de Sobral (Museu Madi) se encontra guardado, sem acesso ao público. O prédio que sediava o museu se encontra fechado desde abril de 2009, após ser inundado pela cheia do Rio Acaraú. A falta de um espaço adequado para abrigar as mais de 100 obras que compõem a coletânea do único museu do gênero no País tornou o acervo inviável à visitação.de Sobral ainda não tem uma definição para quando as obras de arte voltarão à exposição. A Prefeitura estuda duas possibilidades para o impasse: manter o museu no mesmo lugar ou construir um novo prédio em outro endereço. "O prefeito Veveu Arruda classifica como prioritária a reabertura do Museu Madi, e já solicitou do secretário de Cultura, Campelo Costa, o projeto de um novo prédio", disse o secretário adjunto da Cultura, Raimundo Aragão.
Em contato com o secretário da Cultura e Turismo, Campelo Costa, ele adiantou apenas que trabalha em um projeto para adequar o atual prédio, onde poderá continuar a sede do Museu Madi. Porém, não deu mais informações. "Este é um assunto que deve ser discutido diretamente com o prefeito Veveu Arruda", disse. A reportagem tentou contato com o prefeito. A sua Assessoria de Imprensa informou que ele estava em Fortaleza, e também não podia fornecer detalhes sobre o andamento do projeto.
O prédio onde estava instalado o Museu Madi foi idealizado pelo uruguaio Carmelo Arden Quin, e está situado na margem esquerda do Rio Acaraú. Devido à sua localização, está vulnerável a alagamentos. Já sofreu dois: em 2004, quando ainda estava em construção, e cinco anos depois, o que deixou o prédio parcialmente destruído.
Todo acervo está guardado em local não revelado pela Prefeitura, como forma de garantir a segurança das peças. Algumas delas são avaliadas em até 300 mil euros (o equivalente a R$ 711 mil). Mesmo com a inundação do prédio, nenhuma delas foi danificada. A exceção fica para as obras monumentais na parte externa do museu.
Catalogação
"O curador do museu, Roberto Galvão, virá à Sobral, para avaliar cada obra. Devido ao tempo em que se encontram armazenadas, as peças podem ter sofrido algum tipo de alteração. Após isto, vamos catalogar cada uma delas, para que sirvam de estudo e tenham um caráter educativo, voltado para a formação de novos talentos", adiantou Campelo Costa.
No ano passado, a Prefeitura sinalizou a possível mudança do museu para a Praça do Patrocínio, no prédio ao lado do Museu do Eclipse, local onde funciona o gabinete da Secretaria de Cultura e Turismo. O assunto chegou a ser discutido entre o secretário Campelo Costa e o ex-prefeito, Leônidas Cristino. Assim, o escritório do secretário seria transferido para o prédio da Escola de Comunicação, Ofícios e Arte (Ecoa). Porém, a ideia não saiu do papel.
O Madi foi inaugurado no dia 5 de julho de 2005, por ocasião do aniversário da cidade. Está situado no espaço do anfiteatro à margem esquerda do Rio Acaraú, integrado à Ecoa. O evento inaugural contou com a presença de vários artistas Madi, que vieram da França, Hungria, Uruguai e Estados Unidos, especialmente para a inauguração.
Com a criação do museu, a cultura sobralense ganhou visibilidade internacional. O espaço é o primeiro do gênero construído no Brasil e também único representante do Movimento Madi no País. Foi possível graças ao sucesso das edições dos salões internacionais de artes plásticas realizados no Município, promovidos pela Prefeitura, por meio da Secretaria da Cultura e do Turismo.
Encerramento do CarnaIpu- Aviões do Forró 08/03/2011
Associacao Cultural Garatuja estará realizando no dia 17/mar/quinta, as 20:00h, a pré-estreia do filme Fca. Carla, no Ponto de Cultura Garatuja, em Tianguá. Com estréia marcada para o final de março, o média metragem Fca Carla traz para a telona um olhar sobre a religiosidade popular da Ibiapaba, através do fenômeno religioso Fca Carla, uma mulher que foi isolada na mata por ser portadora de hanseníase, no fim dos anos 40. Com a atriz Marta Aurélia (Milagre em Juazeiro) e a dramista de Tucuns Ana Maria da Conceição nos papéis principais, o filme tem ainda aparticipação de Ney Matogrosso, Elke Maravilha, Vinicius de Oliveira, Elinaldo Davincy no elenco, que é composto também por atores e não atores locais.
09-03-2011
A História do Graffiti
O vestígio mais fascinante deixado pelo homem através dos tempos em sua passagem pelo planeta foi, sem duvida a produção artística. Desta , a manifestação mais antiga, com certeza, foram os desenhos feitos nas paredes das cavernas. Aquelas pinturas rupestres são os primeiros exemplos de graffiti que encontramos na historia da arte. Elas representam animais, caçadores e símbolos muitos dos quais , ainda hoje , são enigmas para os arqueólogos , mas que de fato são significantes aos seres daquele contexto , como uma forma de expressão ou talvez transcrição do momento histórico. Não sabemos exatamente o que levou o homem das cavernas a fazer essas pinturas , mas o importante é que ele possuía uma linguagem simbólica própria. Nessa época os materiais utilizados eram terras de diferentes tonalidades, sucos de plantas, ossos fossilizados ou calcinados, misturados com água e gordura de animais. Hoje , usamos tintas em spray ou mesmo em latas , e não pintamos cervos e bisões , mas sim idéias , signos , que passam compor o visual urbano, talvez o contexto atual, decorrente de uma evolução, participante da arte também. Maurício Villaça , um dos precursores da arte do graffiti no Brasil , partilhava da idéia de que graffiti são também as garatujas que fazemos desde a mais tenra idade, os rabiscos e gravações feitos em bancos de praça, banheiros, até mesmo aqueles que surgem quando falamos ao telefone. Assim , também o graffitar que se difunde de forma intensa nos centros urbanos significa riscar, documentar de forma consciente ou não , fatos e situações ao longo do tempo . Diz respeito a uma necessidade humana como dançar , falar , dormir , comer , etc.É possível dissociar essa necessidades humanas da liberdade de expressão . Não existe graffiti ou quem produza de forma não democrática. Alias , o graffti veio para democratizar a arte, na medida em que acontece de forma arbitraria e descomprometida com qualquer limitação espacial ou ideológica. Todos os segmentos sociais podem vir a ser lidos pelos artistas do graffiti, assim como seus símbolos espalhados pela cidade podem ser lidos por todos, pois o graffiti engloba um linguajar e uma forma de expressão bastante ampla em sua contextualização, são diversas influencias talvez, não se pode dizer que o graffiti seria talvez uma "vanguarda", pois o propósito fundamental do graffiti , não é apenas cores fortes, traços leves, e assim por diante, são diversos recursos com a intenção de compor o espaço urbano de modo a estabelecer uma maior identificação com o leitor . A palavra aqui usada e a grafia adotada (graffito) , que vem do italiano, inscrição ou desenhos de épocas antigas , toscamente riscados a ponta ou a carvão , em rochas , paredes etc. Graffiti é o plural de graffito . No singular , é usada para significar a técnica (pedaço de pintura no muro em claro e escuro). No plural , refere-se aos desenhos (os graffitis do Palácio de Pisa), a respeito de outras grafias adotadas, escolhi a de origem italiana , por que há palavras , que devem permanecer em sua grafia original pela intensidade significativa com a qual se textualiza dentro de um contexto. Já no século XX , pintores mexicanos utilizando-se das técnicas da pintura mural , decoravam edifícios públicos. Como nos enormes murais executados por Diego Rivera , José Clemente Orozco e David Alfaro Siqueiros, quando convidados pelo então intelectual revolucionário José Vasconcelos , na ocasião em que, após uma serie de golpes de Estado , sobe ao poder. Em 1905, Dr. AIL (pseudônimo do pintor Bernardo Carnada) publicou um manifesto defendendo a necessidade de uma arte publica. Em Barcelona , quinze anos mais tarde , Siqueiros fez apelo aos artistas da América proclamando a necessidade de se lançarem todos à tarefa de promover uma arte capaz de fala às multidões. "Pintaremos os muros das ruas e das paredes dos edifícios públicos, dos sindicatos, de todos os cantos onde se reúne gente que trabalha " afirmou Siqueiros. No Brasil dos anos 50 , vários murais arrematavam as fachadas dos edifícios narrando temas da historia e da arte brasileira , como o realizado por Di Cavalcanti , com cerca de 15 metros de comprimento , na fachada do Teatro de Cultura Artística , na região central de São Paulo. Todos esses dados sobre muralismo , junto com a pop art , já apontavam para origem do graffiti contemporâneo enquanto expressão artística e humana. Essa manifestação , que começa a surgir no Brasil já nos anos 50, com a introdução do spray, segue pelos 60, passa pelos 70 e se consagra como linguagem artística nos anos 80, conquistando seu espaço na mídia, chegando à Bienal , a manchetes de jornais e até a novelas de TV, seguindo pelos anos 90 , e assim diante, em constante evolução.Considerando pós-moderno , não podemos confundi-lo com pinturas em muro que, não advindo do novo, se enquadram , de uma forma ou de outra, nos padrões convencionais de pintura e não possuem uma produção considerável. Vale lembrar que toda manifestação artística representa a situação histórica em que esta ocorre , não por que necessariamente toda arte deva ser engajada, mas porque é realizada pelo sujeito histórico dentro de um contexto histórico-social e econômico. No entanto , o graffiti utilizando-se da cidade como suporte , a de retratar a situação , nesse meio presenciada ou vivida , assim relaciona automaticamente com a pichação também, cujo seu veiculo de existência também é o espaço urbano. Assim como o graffiti a pichação interfere no espaço , subverte valores, é espontânea , gratuita , em fim . Mas há diferenças, entre o graffiti e a pichação , é que o primeiro (graffiti) advém das artes plásticas e o segundo da escrita, ou seja, o graffiti privilegia a imagem, a pichação , a palavra ou a letra , sempre retratando o que a de convir ao contexto . O graffiti ao utilizar o meio urbano como forma de expressão, contrario aos demais movimentos artísticos , que se inserem na sociedade através de um trabalho muitas vezes planejado e exposto em galerias e museus , faz com que seja bastante questionado. Um dos aspectos conceituais mais interessantes encontrados nessa linguagem (graffiti), é sem duvida, a questão da proibição, sempre presente , talvez um preconceito ou mesmo uma falta de informação a respeito do que acontece e a arte final prescrita no muro , faz com que muitos da população ajam a favor dessa proibição, ao visualizar esse tipo de ação. Ao observamos essa opressão, ou melhor dizendo essa proibição , percebemos que ela está ligada ao conceito de propriedade privada, ou seja, o que pensara o proprietário do espaço ao ver sua propriedade graffitada , sem sequer ser comunicado . Engloba uma questão bastante ideológica ao referirmos a esse aspecto , porem a de convir que o graffiti por sua natureza intrínseca, sempre será marginal. Mas se focalizarmos o aspecto de pratica com as técnicas, de proposta de trabalho e de amadurecimento das obras , reconheceremos, num primeiro momento, uma fase de domínio marginal. Fase em que os artistas em "roles" pelas ruas da cidade pesquisavam e realizavam o graffiti basicamente preto e branco. Porem esse estilo, se é que podemos taxar dessa maneira, ainda tem suas raízes atuais , o fato de fazer graffitis com pouca elaboração e de maneira ilegal ainda aflora-se na mente dos artistas , assim podemos confirmar observado-se a cidade como um todo, e que em sua maioria é tomada por esse estilo, descrito como bombing , ou mesmo thronw-up, numa representação espontânea. No entanto não podemos, dizer que a população vem encarando o graffiti a cada dia que se passa como um meio artístico da cidade, podem até afirmar isso , porem discordam da ação, assim vejo que a proibição está , mais do que nunca , em pauta . Vejamos , o presidente da Republica sancionou um lei ambiental , talvez nos anos 90 , um tempo atras , de numero 9.605, que entrou em vigor , no inicio de 1998, que alem de conceituar o graffiti e a pichação sem estabelecer distinção alguma, os declara crime contra o meio ambiente passível de penalidades . Paradoxalmente , esse impedimento do exercício coletivo de liberdade de criação contribui para que os artistas continuem na busca da perfeição , focos para alguns, superação , e firmar-se acima das possíveis criticas e da aceitação maior do publico, porem abrindo um leque também para , novamente a questão, a ação ilegal , que muitos a justificam pelo fato de haver uma proibição, e o ilegal é legal. A trupe de graffiti americano , começou a despontar em 1980, junto com o movimento hip hop, fazendo parte dos tão falados 4 elementos, que no caso se ligam diretamente ao rap , são os DJ's , nos toca discos ,os MC's , no microfone, mandando sua mensagem, os B.Boys , entrando no compasso do rap com danças criativas, e os graffers , colorindo o meio em que passam. No Brasil esse estilo não só invadiu o metrô , varias experiências foram realizadas em termos de técnica , pois no inicio só se via um tipo de traço de spray. O tamanho padrão das latas, com jatos relativamente grossos, fez com que se buscassem novas possibilidades de variação de bicos. Assim percebeu-se que desodorantes e inseticidas possuíam bicos que produziam traços mais finos. A partir daí, descobriu-se que extraindo um pouco de ar da lata de tinta spray seu jato torna-se menos denso, e o traço mais fino , e assim fora se aprimorando. Por ultimo, tivemos a utilização do compressor, substituindo a lata de spray, porem muitos dos graffiteiros discordam da utilização dele pois alem de substituir as latas está substituindo o próprio graffiteiro, deixando o de comparsa a uma maquina .O estilo americano começou realmente a ser realizado em grande escala em 1989, com os gêmeos Gustavo e Otavio , Speto, Binho, Tinho e ,ainda, o excelente grupo Aerosol, que se destacaram entre outros. Hoje em dia, alem das letras coloridas, caracteristica do graffiti americano , estão aparecendo desenhos elaborados , partindo de apurada técnica. Esses desenhos traduzem o universo hip-hop em suas mais variadas nuances, com figuras humanas dançando, pensando, cantando , etc...bastante americanizado, porem , os mesmo estão caminhando para uma evolução, como podemos presenciar , esse estilo americano, esta sendo bastante abrasileirado, e assim expondo nossa cultura a população , assim entretendo e passando informações ao publico.